"Aprendi a gostar da quietude de mim. Há em mim um silêncio que conversa comigo e me preenche. Quando estou sozinha, sinto-me protegida e aconchegada. As multidões me assustam. Por isso, escondo-me nos riachos do tempo e banho-me nas águas de leituras solitárias, na esperança de iluminar meu espírito e manter a lucidez necessária para permanecer agindo no meio das pessoas, no dia a dia, para que elas não percebam meu terror, meu desespero lento.
Não busco mais companhia. Dessa forma, invento assuntos vagos, desses que são fáceis de serem conversados, que não exigem profundidade, já que a minha própria companhia é a única que de fato me entende e me completa nessa solidão eterna de todos nós. Ter lucidez dessa solidão já me causou mais medo, hoje a encaro como uma parte da jornada dessa unidade que temos e que não sabemos."
Andrea Ralize - Mim mesma/ Site: eu sem fronteiras

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